quinta-feira, 28 de abril de 2011

Acabou o feriadão e começou o frio!

Como falei, o feriado de Páscoa aqui se estende por mais dois dias. Trabalho só na 4ª. feira, quando a gente é obrigada a espantar a preguiça e retomar a rotina.
Repetindo, dia 25 de abril foi o ANZAC DAY (Australia, New Zeland Army Call - em homenagem aos australianos e neo zelandeses que lutaram em Gallipoli, na Turquia, na 2ª. Guerra Mundial) e portanto o último dia de feriado.


Pedi ao Ramírez pra me levar pra almoçar num restaurante muito legal que fica no Centro de Perth, perto da Bell Tower,  o LUCKY SHAG. Sempre tive vontade de ir lá. O lugar é lindo e a paisagem um espetáculo. A gente descansa almoçando no deck de madeira  às margens do Rio Swann.  A cerveja é uma delícia, mas toda vez que saímos tenho que me conter.


                                                                     

                                                                       Bell Tower



Lucky Shag

Acontece que por enquanto só eu estou dirigindo em Perth (o Ramírez não tem carteira aqui ainda e a do Brasil tá vencida) e outro dia passei pela minha primeira blitz. E era de bafômetro. Mas sabe que as blitz daqui são super focadas?  Essa que passei era exclusivamente de bafômetro. Eles afunilam o trânsito e TODOS, mas TODOS mesmo , fazem o teste, que não leva nem 15 segundos. Tudo com “sopômetro” (sei lá o nome disso!) descartável. Nesse dia eu não tinha bebido uma gota. E olha que era 6ª. feira, dia de BECKS, SUPER DRY, BOAGS  e outras tantas cervejas que amo daqui. Voltando às blitz, eles não pedem a carteira de motorista, só quando a blitz é de documentos. Nosso amigo contou que também tem blitz de drogas. Vc tem que passar a língua em alguma coisa...
Anyway, fechamos o feriadão com chave de ouro.
E tivemos que fechar portas e janelas também (rsrsrs) porque o frio já começou. Ontem à noite deve ter feito uns 14/15 graus! Tava muito frio mesmo e pude estrear meu pijaminha de flanela!
Curiosidade da Páscoa: A gente recebe de várias igrejas católicas do bairro, panfletos na nossa mail Box, informando os horários das missas. Achei uma ótima forma de “chamar” os fiéis!


segunda-feira, 25 de abril de 2011

Páscoa de descanso, passeios e gastronomia variada!

Nossa  6ª. feira Santa foi de Peixe na Brasa entre muitos amigos.  Nossa churrasqueira grelhou muitos peixes e camarões pela primeira vez.  Ficamos meio “vendidos” porque ainda não estamos muito bem adaptados aos feriados aqui. Quase ficamos sem cerveja. Estava tudo fechado e se não fosse o mercadinho 7 Days que funciona em Innaloo, um bairro bem pertinho  daqui de casa, tínhamos ficado até sem peixe.
Aqui, tudo acontece meio de repente e nem sempre podemos nos programar e comprar as coisas com antecedência.  Juntamos as cervejas de todas as casas e conseguimos fazer nosso super almoço. Alguns amigos dessa vez não puderam dar o ar da graça. Uns  estavam no Brasil ( alô Aline, voltaaaaaa) , outros em Sidney e Melbourne (Paulinha, to com saudades do JP!). Ainda chego lá...  Essa noite sonhei com Bhali!
Sábado aproveitamos para fazer um passeio para o Norte. Três lugares bem próximos daqui. Estradas ótimas, muito bem sinalizadas e vazias. Tudo de bom pra turista!
O primeiro foi o Yanchep National Park, a uns 40 minutos da nossa casa. Você paga AU$11 para entrar, mas vale à pena.
Esse parque é enorme. São 55 mil metros quadrados de área “verde”, com fauna variada, lago, piers, áreas para picnics, trilhas de até 1 hora, além de cavernas, um hotel e um restaurante. Dizem que você consegue ver os coalas e muitos cangurus, mas ainda não foi dessa vez. Vimos muitas cracatuas negras e patos selvagens, além de um sem número de pássaros que nem conheço, multicoloridos.
O parque estava vazio, só mesmo algumas famílias australianas com crianças pequenas fazendo picnic e outras mulçumanas, com muitas mulheres vestindo burkas e crianças correndo pelos gramados.
Duas coisas nos chamaram a atenção: a limpeza e o cuidado com o parque e a secura do lago, que de tão vazio, deixava à mostra os piers onde encostam os barcos de passeio. Tomara que a partir de Maio, as chuvas possam mudar essa paisagem tão árida!
De Yanchep, rumamos para Lancelin, um lugar que faz lembrar Cabo Frio. Areias muito brancas e fininhas, muitas dunas, vegetação rasteira, bem desértica e água clarinha. Pena que essa é a época das algas e a costa estava cheia delas.
 Na estrada uma quantidade indescritível de carros 4x4. Um maior que o outro.Em Lancelin, eles invadem as areias das praias. É um local perfeito para praticar Wind e kite surfe.
Passeamos pela “cidade”, que nada mais é que 100 metros de um pequeno e restrito comércio e casas de veraneio. Aproveitamos para abastecer no único posto que encontramos num raio de mais de 80 quilômetros e fazer um lanche. Restaurante? Nem pensar!!! 
Comprei um mapa de WA e fiquei de olho comprido numa corda que me pareceu muito útil. Devia ter escutado meu sexto sentido...

Pois bem, dali, fomos para um local chamado Moore River, onde existem lindas dunas e o pessoal costuma fazer skiboard ou sandboard – nosso skibunda no Brasil. Resolvemos passear pelas areias das praias, beirando o mar,  de uma localidade próxima a Moore River, GIN GIN. Como temos um Jeep, ligamos a tração nas 4 rodas e .... ficamos ATOLADOS.
Aí pudemos sentir de perto a solidariedade do povo daqui. Pararam uns 5 carros 4x4 pra nos ajudar. Acontece que descobrimos que nosso Jeep não tem o local para pinçar o hook (gancho). Além disso, não tínhamos uma corda, ah... aquela corda que eu devia ter comprado...  O carro estava suspenso pela barriga que uma trilha muito usada na areia forma. Ninguém queria amarrar a corda na suspensão diretamente,  com medo de puxar e desmontar o carro.
Isso sem contar com o inglês medonho que tínhamos que tentar entender. E eu tinha dito que não devíamos nos aventurar naquela areia mole. Mas o Ramírez sempre quis brincar na areia e passear na beirinha da água. Deu nisso...
Vendo o Ramírez mais sujo que bife à milanesa, tentando remover a  areia debaixo do carro e das rodas afundadas até o meio, ficava pensando: e se a maré subir??Ai  meu Deus!
Até que... surgiu um daqueles australianos  tipo o bacana de Crocodilo Dundee - pra lá de acostumado com esses “eventos”e afirmou com toda a propriedade: “I`ll take you out off there man”.
E sabe que ele tirou mesmo. Não levou mais que 10 minutos. Amarrou a corda DELE na suspensão do nosso carro, esticou bem devagar e começou a puxar o Jeep de ré. Ramírez na direção, sem sair do trilho que o nosso salvador deixava. Estávamos livres e nem precisamos pagar uma cerveja! (rsrsrs). O cara era bom! (Não tem foto do "evento" porque o Ramírez ia ficar muito bravo comigo)
Bem, dali, só deu mesmo pra dar uma paradinha no mirante de GIN GIN e nem chegamos até Moore River, que ficou pra uma próxima. Chegava de emoções fortes naquele dia. E ainda tínhamos sido convidados pra uma lasanha à noite. Que fome!!! Voltamos pra Perth correndo.
O Domingo de Páscoa foi bem tranqüilo, entre amigos, com direito a strogonoff de camarão (pra render) e moqueca de peixe.
Hoje foi dia de descanso e ainda temos amanhã de folga. É o ANZAC DAY- Australia, New Zeland Army Call - em homenagem aos australianos e neo zelandeses que lutaram em Gallipoli, na Turquia, na 2ª. Guerra Mundial. 
Aqui é FERIADÃOOOOOOO mesmo!








quarta-feira, 20 de abril de 2011

OBA, Isa e Pablo estão de férias!

Sabe que nunca pensei que fosse sentir tanta falta das crianças em casa?

Aqui em Perth, eles tem 3 períodos de férias por ano: um em dezembro, janeiro e fevereiro + 15 dias entre abril e maio, pegando o feriadão da Páscoa e as férias de julho, como no Brasil.
E hoje foi o primeiro dia de férias desse segundo período. Pra comemorar, o Pablo cozinhou pra mim – que bom ter uma folga na cozinha! O cardápio foi almôndegas com spaghetti. Uma delícia!


A tarde estava linda, fresquinha  e resolvemos ir tomar sorvete na Marina de Hillary`s – o único sorvete gostoso que tomei em Perth até hoje.
Passeamos pelo deck, compramos uma bota Dr. Martens pra Isa – sonho de consumo dela para o Inverno daqui – e chegamos em casa a tempo de ver um por do sol dos mais espetaculares que já vi. 
Estamos cheios de planos para essas férias. E eu... estou adorando ter companhia pra passear e conhecer novos lugares





segunda-feira, 18 de abril de 2011

Matéria que enviei para a revista de responsabilidade Social e Ambiental - PLURALE

Além de ser curioso, achei interessante compartilhar o texto abaixo com vocês. Tenho o maior orgulho de colaborar, sempre que possível,  com a PLURALE, uma revista linda, seríssima e com um conteúdo da maior qualidade. Além disso, tem à frente uma super profissional e grande amiga, Sonia Araripe!

Tomara que gostem...
PERTH , UM EXEMPLO DE CONCIÊNCIA NO CONSUMO DE ÁGUA
Perth é a capital e a maior cidade do estado de Western Australia, além de  ocupar a quarta posição entre as maiores cidades do país, com uma taxa de crescimento acima da média nacional. É uma das metrópolis mais isoladas do planeta e um importante centro comercial e industrial do país.
Fica no estuário do rio Swan e sua área metropolitana encontra-se entre o Oceano Indico e  uma zona baixa costeira conhecida como Darling Range
O maior desenvolvimento econômico de Perth começou após a descoberta de vários depósitos de ouro em Kalgoorlie e após a conclusão das obras da ferrovia transcontinental em 1917.

O clima mediterrâneo de Perth se caracteriza-se por invernos frios e úmidos e verões secos e quentes. A pluviosidade média anual é de 864 mm e a maior concentração de chuvas entre Maio e Setembro,  e quase nada,  de Novembro a Março.
Por essas e outras razões, a água, por aqui, é uma preocupação constante e um assunto seríssimo.
A Water Corporation é responsável pela gestão e proteção dos recursos hídricos de Western Australia e abastece de água potável cerca de 2 milhões de pessoas em todo o estado,  dos quais cerca de 1,6 milhões vivem em Perth. Prover água de alta qualidade, significa investir permanentemente em pesquisa e desenvolvimento de novos recursos, além de estabelecer metas de redução de consumo e informar constantemente à população como utilizar corretamente a água e proteger esse bem tão precioso.
Nas áreas consideradas metropolitanas, a água é proveniente de três principais fontes: represas (água de superfície, de 25% a 50%), solo (lençóis subterrâneos, de 35% a 50 %) e dessalinização da água do mar ( de 15%  a 20%).
O maior consumo de água, que corresponde a 71%, fica por conta das residências.  As empresas são responsáveis por 19%  e amargos 10% restantes,  residem  nos desperdícios e vazamentos, uma luta permanente para todos daqui.
O governo, em parceria com a Water Corporation,  procura divulgar dicas de economia muito interessantes. Veja essas, relativas à economia de água na cozinha, responsável por 10% do consumo de água numa residência:
·         Reparar as torneiras que ficam pingando. O gotejar pode desperdiçar de 30 a 200 litros de água por dia;
·         Utilizar lava-louças com selos de qualidade 5 estrelas (são as mais econômicas e chanceladas pela National Water Conservation;
·         Utilizar as lava-louças apenas quando estiverem cheias;
·         Usar a quantidade de água suficiente no cozimento de legumes, apenas cobrindo-os.
Ainda existem outras como: reduzir seu tempo de banho em 1 minuto, reduzir o tempo de irrigação do seu jardim, cobrir sua piscina, evitando a evaporação da água, utilizar a máquina de lavar roupas quando estiver no limite de sua capacidade, regar plantas preferenciamente à noite etc
Além disso, ainda existem as orientações dos dias de rega permitidos para cada residência. O site informa quando você fornece o seu endereço. Muito interessante!
Com compromisso e consciência, esses pequenos atos são de grande ajuda!
DESSALINIZAÇÃO
Vale salientar que Perth foi a primeira cidade da Australia a investir em  *dessalinização de água do mar, construindo sua primeira fábrica em 2006, em Kwinana, 40 km ao sul de Perth, iniciando assim, o abastecimento de água em larga escala para toda a população de WA. Atualmente sua produção é de 130 milhões de litros/dia. Além disso, a planta possui o melhor programa de monitoramento de água dessalinizada do mundo e está sob o severo controle das autoridades de proteção ambiental australianas.
E não fica só nisso não... Outra fábrica já está a caminho e deve começar a operar até o final de 2011, elevando para 30% o suprimento de água dessalinizada para a população de WA.
Vamos torcer para que esse exemplo ecoe mundo afora em prol de um futuro mais tranqüilo e “irrigado” de boas idéias.

*Processo de retirada de sais da água. Utilizado para transformar águas salobra e marinha em água potável.

P.S.: COM TUDO ISSO, ESCUTEI NO RÁDIO ESSES DIAS QUE PERTH AINDA É UMA DAS CIDADES AQUI DA AUSTRALIA QUE MAIS ESTÁ GASTANDO ÁGUA ESSE ANO. HÁ QUE SE SUPERAR! SEMPRE!!!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

LOVELY MARGARET

O fim de semana passado foi reservado à Margaret River, uma cidadezinha encantadora, a 3 horas de Perth, mistura de “serra” e praia. É conhecida internacionalmente como uma das principais regiões de vinículas da Australia.
Mas o mais interessante é esse “blend” , essa diversidade de atividades com características bem diferentes e pra todos os gostos. Como não existem muitas cidades perto de Perth (aqui é isolado mesmo),  Margaret reúne um pouco de tudo que o turista precisa: cavernas para explorar, praias belíssimas com ondas fantásticas para o surfe, mais de 60 vinículas, trilhas com paisagens deslumbrantes para caminhadas, além de um circuito gastronômico bem honesto.
Nosso hotel não ficava em Margaret River. Ficamos hospedados num resort (na verdade são casas de até 4 quartos, sala, cozinha e banheiros) em Dunsborough, que fica a uns 40 rápidos quilômetros de Margaret. Um lugarejo lindo, com tudo que a gente precisava. Quando chegamos, os meninos foram logo comprar cerveja e carne para um churrasquinho na varanda. Ramírez foi pra chapa e fez diversos X-Tudo pra todo mundo.
Sábado foi dia de explorar os arredores e Marcelo, nosso super guia (amigo de trabalho do Ramírez que já foi a MR várias vezes), estava incumbido de nos levar pra conhecer os pontos turísticos mais bonitos por ali. O dia rendeu: corremos de manhã pra queimar as calorias dos hamburguers da noite anterior; fomos visitar um dos faróis da região – Cape Leeuwin Light House - ,  avistamos lindas praias em Dunsborough  e almoçamos na pitoresca e pequenininha Margaret River. Depois de devidamente abastecidos, caminhamos pela cidade, que lembra uma Itaipava em miniatura. Uma rua e muitas lojinhas.
À tarde, paramos em uma vinícula espetacular – Saracen States. O Ramírez degustou vinhos e acabou comprando dois Shiraz. Também teve degustação de cerveja para os mais chegados, na Brewery do local.
Voltamos pro Resort já anoitecendo, exaustos!
Domingo deixamos Dunsborough às 10 AM devido ao horário de check-out e rumamos para Ngilgi Cave, uma caverna enorme, situada em Yallingup, uma outra região, muito próxima de onde estávamos. Valeu à pena. A caverna é linda e com a iluminação planejada, pudemos ver de perto as estalagtites. Confiram nas fotos.
Saímos dali e fomos visitar uma outra cidade – Busselton (olha esse nome!). Eles construíram um píer gigantesco, de 3 km oceano a dentro. Dizem que era para realizar o transporte de madeira. Hoje é um ponto turístico da cidade onde pessoas pescam e caminham. Foram 3 km de ida e 3 de volta no meio do mar. O exercício do dia estava feito e a fome era grande. Almoçamos na cidade mesmo e logo em seguida voltamos pra Perth. Estrada ótima e carro no piloto automático. A paisagem muda pouco, não há serra e nem muitas curvas. Também não há trânsito, salvo exceções.
Tomara que Margaret seja a primeira de muitas viagens que ainda faremos!
























terça-feira, 12 de abril de 2011

WESTERN AUSTRALIAN MUSEUM – PERTH

 
Viajamos no fim de semana para Margaret River, uma cidadezinha que fica a 3 horas de Perth. Vou postar sobre a cidade em breve, assim que puder baixar as fotos pra vcs verem.
Mas na 6ª. feira, antes de viajarmos, antes de pegar Ramírez no trabalho e aguardar a saída das crianças da escola, resolvi fazer hora  me aproveitando mais uma vez da “CULTURA” de Nothbridge. Fui visitar o Western Australian Museum, que reúne tudo sobre a história natural e a sociedade de WA. Não tive tempo de visitar todo o Museu, mas o que vi, valeu cada segundo do meu tempo.
Fiquei encantada com a riqueza de detalhes nas exposições da fauna e da flora do estado, da biodiversidade, uma loucura!  Os animais são perfeitos, em tamanho original. Nunca imaginei que não conhecesse tantas espécies! E quantos pássaros!
Mas o que realmente me capturou a atenção foi a ala que conta a história dos aborígenes, sua cultura e sua vida, dos primórdios à atualidade.
Entrei no salão meio que displicentemente, por assim dizer. Mais uma ala de um museu interessante. E de repente, me vi lendo cada pedacinho de texto e analisando cada fotografia que retratava com maestria a vida daquele sofrido povo. Fiquei muito triste (apesar de já ter conhecimento) quando me deparei com os fatos, com a dura realidade. Extremamente desumano o que os ingleses fizeram com os aborígenes quando simplesmente os consideraram um povo desorganizado socialmente. Fiquei pensando com que direito eles julgaram os aborígenes e desrespeitaram sua cultura e suas crenças mais profundas? Como se destrói uma história? Como puderam se apoderar de suas terras, separar crianças de suas famílias, escravizar mulheres e aprisionarem os homens em Rotnest Island , um dos lugares mais lindos de WA e que hoje é um dos mais visitados destinos turísticos de Perth?  Como acreditar que eles chagavam ao “paraíso” acorrentados de corpo e de alma?
Assisti a um vídeo com o depoimento de um senhor aborígene, que contava como de repente se viu sem toda a sua família. Contou que nunca mais pode ver seus pais e que os ingleses tentavam a todo custo engajar seu povo à realidade branca.  Mulheres trabalhavam horas a fio, costurando e recebendo quase nada como recompensa. Como trabalhar para uma “gente” que havia aprisionado seu espírito e sua razão de existir?
Chorei... Imaginei...
Mas principalmente compreendi por que os aborígenes hoje são tão agressivos e têm um olhar tão “pré conceituoso”. É o olhar que reflete todas as atrocidades que viveram. É o olhar que mostra a insatisfação de morarem numa cidade que de tão modificada e edificada, em nada se parece com sua terra sagrada, de onde suas raízes foram ceifadas. E quantas oportunidades perdidas...
Não é à toda que todos os anos se celebra o SORRY DAY, dia do perdão. Há tanto o que perdoar, reverter, proteger, considerar, reconhecer, resgatar. Não é à toa que hoje as leis protegem esse povo!
Conhecimento não tem preço e a entrada foi gratuita, com apenas uma sugestão de doação de AU$2!!!
Adorei!


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Fato raro – FINALMENTE CHOVEU EM PERTH!

Desde que chegamos,  há 3 meses e meio,  é a 3ª. vez que vejo chover em Perth! Como vcs podem conferir em quase todas as minhas postagens, os dias aqui, no período de Verão, são azuis e ensolarados. Vc pode planejar o que quiser e contar com a presença garantida do “astro rei”. Lembra um pouco os antigos Verões no Brasil, quando eu ainda era uma criança e passava as férias na praia, o dia inteiro. As fotos saem lindas, com uma rara luminosidade. Caminhar pela orla é uma dádiva à nossa visão.
Chega um ponto que fica até cansativo ver a mesma paisagem todos os dias. Vc fica querendo ver um dia nublado,  uma chuvinha ou qualquer indício de mudança de panorama. Um cinza, quem sabe?
Ontem, quando fui dormir, comentei com o Ramírez: o céu não tem estrelas hoje, o tempo fechou.
Aqui no Verão, não são só os dias que são iguais, as noites também: claras, com o céu coberto de estrelas. Quando há lua cheia, é uma lua de tirar o fôlego. Sempre com o ventinho gostoso que sopra de Freemantle.
Mas ontem foi diferente, ventou e choveu. Até esqueci que tinha deixado a roupa no varal e os sacos de carvão da churrasqueira ao ar livre. Acordei com frio, o chão todo molhado lá fora e uma vontade danada de ficar na cama mais um pouquinho.  
Fui até a sacada do meu quarto e registrei o momento.
E sabe o que é mais incrível? Agora, passadas apenas duas horas desde que me levantei, o céu já está azul de novo e uma ventania tomou conta da cidade, tratando de levar limpar o cinza e trazer o azul de volta a Perth!
Será que o Verão está se despedindo?


                                                      Isso é da sacada do meu quarto.





segunda-feira, 4 de abril de 2011

BABY SHOWER!!!!


Vocês sabem o que significa BABY SHOWER? Chá de fraldas!! Ou Chá de bebê, pode ser também.
O fato é que neste último sábado tivemos o prazer de confraternizar com a Lindsay, nossa amiga super grávida do Matheus, que está sendo esperado para Maio!  Foi organizado um chá de fraldas, que é mesmo o que as mamães mais precisam.
Adorei ir comprar as fraldas com as experientes Paula (mãe do JP) e Aline (nada experiente, mas muito bem intencionada). Aprendi por exemplo que CRAWLERS, são fraldas para bebês de 5 a 10 kg (as que mais usamos) e que NEW BORN são para os recém nascidos (mais óbvio, claro!). Achei um barato como as fraldas são vendidas: pacotões de mais de 90 fraldas a aproximadamente AU$ 30 cada. A oferta para produtos infantis é enorme! Foi uma diversão ser novamente introduzida a esse mundo de bebês.
O Chá de fraldas foi um sucesso. Lindsay estava linda! Barrigão enoooooorme! Papai Leo muito feliz e a casa toda enfeitada de AZUL, como o Mateus merece.
Tia Paula levou cachorro quente, Tia Monica levou uma torta salgada, Tia Amélia, pasteizinhos de comer rezando, fora outras diversas guloseimas que rechearam a mesa farta de sábado à tardinha: mudcake branco (é um bolo delicioso e bem olhadinho que tem aqui), torta de frutas vermelhas (eles adoram, mas vc nunca sabe direito o que está comendo porque é uma mistura de BERRIES), tartelettes etc
Tinha lembrancinhas, compradas pela mamãe com carinho para os convidados – umas balinhas deliciosas, além das tradicionais  mamadeirinhas,  com um pozinho doce-azedo que vicia.
Nosso grupo estava todo lá, meninos e meninas! Foi uma boa farra e mais um motivo para a orgia gastronômica de sempre. Confiram a alegria nas fotos.
Que venha o Mateus (TH??) !!! Com muita saúde e disposição pra aturar esse monte de tias bobas!