City to Surf – Caminhando por um bem maior

Não pretendo me alongar nos comentários sobre o evento porque ano passado, no mesmo mês,  fiz um post bem detalhado sobre o City 2 Surf, mas vale à pena salientar algumas informações  importantes:

A cada ano, aumenta sensivelmente o número de participantes no mundo inteiro e aqui em WA houve um salto de 30 mil para mais de 45 mil participantes, incluindo atletas de 26 países diferentes, comprovando mais uma vez o quanto a Austrália é mesmo um país multicultural.

E mais uma vez eu estava lá, não só pelas causas solidárias, mas também para representar o nosso Brasil, com um chapéu bem cafona, mas que estampava a nossa bandeira .  Adoro esse evento, adoro caminhar e sempre me emociono ao ver a quantidade de pessoas engajadas nessa causa, que beneficia tantas instituições de caridade e que esse ano faturou só em WA a impressionante soma de AU 635,502!!!


                                                          Modelito Brasil

O dia estava perfeito, sem uma nuvem no céu. A largada foi no Centro da cidade, na esquina da St George Terrace com Williams. Tinha tanta gente, mas TANTA gente, que as as turmas de diferentes distâncias acabaram se misturando e o que se via era uma multidão sem fim desde a Bell Tower.

O mais curioso é a quantidade de casacos deixados no chão ou pendurados nas cercas de proteção da corrida. Me explicaram que é proposital e que depois, tudo é recolhido pra doação. Achei o máximo! 

Esse ano, optei por 12 km de caminhada, muito bem acompanhada das minhas amigas Aline e Alê, que se mostraram grandes guerreiras do princípio ao fim. Ramírez correu 12 km com Marcelo, Rodolfo e o pequeno Lorenzo, lindo de doer!

Esperando o trem para o Centro

Lorenzo nos aguardando em casa, preparadíssimo pra corrida!

                                                       O trio de guerreiras!

                                                   
                                                              Multidão

                                                            Foi dada a largada!

Pra dizer a verdade, ninguém sente o tempo passar. Tem assunto para todo o caminho. Só nos damos conta do quanto já caminhamos pelas marcas de quiilometragem que encontramos pelo  percurso, aliás, um lindo percurso... Passamos por longas avenidas, parques fresquinhos  e bairros residenciais muito gostosos.

                                           UHUUUUUU!!! Metade do percurso!

                                    Mas tinha gente que já não aguentava mais...

O evento estava bem sinalizado, haviam algumas ambulâncias de plantão, muitos water poitns ao longo do caminho, voluntários trabalhando no recolhimento do lixo, na distribuição de água e nos cheer groups – uma galera que fica animando os participantes o tempo todo, dizendo well done e fazendo High Five.

Super divertido também observar os grupos fantasiados e as faixas das instituições de caridade pedindo a sua doação ou fazendo protestos... Tudo é motivo pra não sentir o tempo passar.

Já no finalzinho, os pés incomodam e as pernas doem pra quem não está muito acostumado a essas “extravagâncias”, mas o sentimento é o de missão cumprida – em TODOS os sentidos: por ajudar, por participar e por ir até o fim.

Cruzamos a reta de chegada com um tempo (sem compromisso algum com velocidade) de aproximadamente 2 horas e 25 minutos.

Recebemos nossas medalhas e rumamos para o First Aid point para dar um jeito nas bolhas que se formaram nos pés da minha amiga.

Depois, recebemos como cortesia da empresa que a Aline trabalha, cachorro quente e suquinho. Merecidíssimo!!!  O pessoal ia voltar pra casa de ônibus e trem, mas eu... ainda tinha que caminhar 4 km até Scarborough...

Passei pelas facilities  do City Beach Oval e como sempre notei tudo muito bem montado.

                                                    Banheiros químicos

                E segui pela orla, rumo ao lar, doce lar....tendo essa vista como recompensa!

Chegando em casa e dando fim a dieta,  me atraquei com uma macarronada e dormi a tarde toda.

Sonhei feliz, muito feliz!  Ano que vem tem mais!

Revisitando lugares que amo...

Seguindo no papel de boa anfitriã, host mother e guia de turismo, aproveitamos o fim de semana pra revisitar alguns lugares que amo em Perth. O Sábado estava ensolarado (apesar de frio) e aproveitamos a manhã para levar a Júlia ao Hyde Park, um parque que já postei aqui no bloge que é um dos lugares mais bucólicos de Perth. Fica na Town of Vincent ( que é como se fosse um condado...cada bairro tem um “condado”) e a apenas 2 km do CBD – Central Business District. Fica cercado das ruas Vincent, William, Glendower e Throssell .

Vcs podem acreditar que esse parque lindo já se chamou Third SWAMP Reserve?? Quem pode imagimar que um lugar como esse era na verdade um pântano? Se eu não lesse a respeito, jamais desconfiaria. Esse “pântano” se estendia desde Clasebrook Cove até Lake Monger, passando por Herdsmann Lake no meio do caminho...Quem diria! 

E os nativos – os Noongar people - chamavam o local de Boodjamooling. Não consegui encontrar o significado dessa palavra, mas tem algo a ver com terra, chão, local onde se vive.

Esse parque é muito rico em fauna e flora. Existe um monte de pássaros lindos e coloridos, além dos famosos cisnes negros. As árvores são gigantescas e de várias espécies: figueiras, cedros,, ciprestes, pinheiros, jacarandás entre outras.

Apesar de estar entre tantas ruas, um quarteirão inteiro, o parque é relativamente pequeno e fácil de ser percorrido.  Fomos caminhando, conversando e pronto...já tínhamos dado a volta. Precisávamos deixar a Julia no Centro. Juju já está cheia de compromissos, que bom!!!

E nós, fomos almoçar em Clasebrook, um dos cantinhos mais charmosos de East Perth. A tarde estava linda e aproveitamos pra passear nos jardins e observar as esculturas aborígenes às margens do Swann river. Um descanso para os olhos!

No Domingo, como promessa é dívida, levamos Juju ao Carversham, o parque que é passagem obrigatória de quem vem a Perth.

Por que??? Porque é lá que você pode interagir com os mais incríveis animais: os coalas fofos e preguiçosos (fiquei sabendo pela cuidadora que eles dormem o tempo todo para pouparem energia, já que as folhas de eucalipto não têm propriedades adequadas a uma vida de atividade intensa. Diferente do que imaginei....), cangurus soltos e que você mesmo pode alimentar, os wombats, os quokkas, camelos, avestruzes, pôneis, e pássaros bárbaros como o Martim pescador que aqui se chama.... kookaburra.

Levamos nossos sanduiches e fizemos o nosso lanche em uma das inúmeras praças de alimentação que o parque possui.

Em Maio do ano passado estive nesse parque no Dia das Mães e se vcs quiserem saber mais, basta dar uma olhadinha no post!

De resto, estou me preparando para o City to Surf e já emagreci quase quatro kg em 10 dias. Malhação, muita caminhada e boca fechada...não tem segredo. Só tem que ter força de vontade....só isso....rsrsrsrsrsr